ESCOLA CÔNEGO PEDRO...AQUI SOMOS TODOS IGUAIS!!

"DEIXO RENASCER EM CADA AULA A CRIANÇA QUE BRINCA COMIGO,PARA FAZER BRINCAR TANTAS OUTRAS CRIANÇAS..."RAUL FERREIRA NETO(RECREAÇÃO NA ESCOLA)
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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

PROJETO "DIGA NÃO AO BULLYING,CONSTRUA A PAZ..."(com fotos)

TEXTO COLETIVO,APÓS VISUALIZAÇÃO DE SLIDE E DEBATE .

APLICANDO OS CONHECIMENTOS OBTIDOS...

ATRAVÉS DE DESENHO...

E PRODUÇÃO ESCRITA...

DEBATE E CONSTRUÇÃO EM PEQUENOS GRUPOS...

APRESENTAÇÃO PARA A TURMA...

RESULTADOS SURPREENDENTES!!

ESTAMOS CONSTRUINDO JUNTOS UM MUNDO DE PAZ!!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

PROJETO"DIGA NÃO AO BULLYING,CONSTRUA A PAZ"

POMBINHAS DA PAZ,CONFECCIONADAS PELOS ALUNOS E DISTRIBUÍDAS NA ESCOLA...

PROJETO "DIGA NÃO AO BULLYING,CONSTRUA A PAZ"(com fotos)

A RECEITA DA PAZ...








BRUNO,NOSSO VIOLEIRO...
2ºANO C, CANTANDO PARA OS COLEGAS...

INTEGRAÇÃO ENTRE AS TURMAS...

TODOS ATENTOS...


OUVINDO COM ATENÇÃO...

A SEMENTINHA FOI PLANTADA...
TODOS UNIDOS PELA PAZ...
QUE LINDOS...

NO CÔNEGO PEDRO,SOMOS DA PAZ...

LIVRINHO"A RECEITA DA PAZ"










segunda-feira, 1 de agosto de 2011


Projeto sobre Bullying

                                         Plano de Projeto


Elaboração e execução:Professores do Ensino Fundamental

Coordenação: Serviço de Supervisão Escolar.

Período de Execução: 2º Semestre/2011



TEMA: Diga não ao Bullying! Construa a Paz na Escola

A. Escopo

1.Situação geradora:

A escola como extensão da sociedade não está isenta dos comportamentos violentos e agressivos manifestados nas mais diversas formas. Com características próprias o Bullying escolar está exigindo uma tomada de posição. Este projeto composto por um conjunto de estratégias para prevenção e combate ao Bullying, a ser implantado no segundo trimestre do corrente ano, representa uma das iniciativas visando à construção da Paz na Escola.

2. Objetivos Gerais:

Construir a Paz na escola através do resgate dos valores morais e éticos, dos princípios de solidariedade, amor e respeito ao próximo, cooperação fraternal.

Educar para a tolerância, compreensão, empatia, em prol da construção da Paz na escola.

3.Objetivos Específicos:

Favorecer a formação de opinião, levando a mudanças de posicionamento e de atitudes. Conhecer o fenômeno bullying, refletindo sobre suas consequências na vida dos alunos.
Divulgar o conceito de bullying não só no ambiente escolar e familiar, mas também para a sociedade.
Oferecer atividades que trabalhem valores como tolerância e solidariedade.
Ensinar os alunos a conviver com as diferenças.
Promover o diálogo entre os alunos, despertando-lhes a consciência crítica.
Resgatar as regras principais de convivência, valorizando o respeito ao próximo e a si mesmo.
Sensibilizar os alunos em relação à importância da boa convivência para criar um ambiente agradável na sala de aula.


4.Resultados Esperados:

Que através deste projeto seja possível realizar o resgate de valores e o respeito ao próximo sensibilizando os alunos em relação à importância da boa convivência em busca de um ambiente escolar agradável.





5.Abrangência:

Comunidade Escolar.



B, Plano de Ação



1-Ações, atividades, tarefas:

· Textos, poesias, mensagens, fábulas.

· Criação do Estatuto da Sala (com regras e multas)

· Debate sobre bullying e palestra com um profissional capacitado·

. Produção de texto

· Dramatização (sobre bullying)

· Confecção de folder, painel, cartaz, mural sobre o assunto

· Confecção de livro

· Dinâmicas de grupo

· Entrevistas

. Pesquisas

 . Correio elegante (onde o conteúdo será elogiar comportamento positivo do colega)

· Filmes

- Seminário

1.1Culminância

Mostra de trabalhos feitos ao longo do projeto na V FEIRA DO LIVRO: PEQUENOS ESCRITORES/GRANDES HISTÓRIAS.

2.Cronograma:

2º semestre de 2011

3.Avaliação:

A constatação do alcance dos objetivos será feita através das produções dos alunos  e pela qualidade de relacionamento estabelecida entre os pares iguais e od demais segmentos.


quinta-feira, 21 de julho de 2011

CARTILHA SOBRE BULLYING
GUIA DO PROFESSOR

Veja como enfrentar o bullying entre estudantes
da Folha Online
O bullying entre estudantes é definido como um ato agressivo intencional e repetido provocado por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia e executado dentro de uma relação desigual de poder, seja por idade, desenvolvimento físico ou relações com o grupo.
São atos como empurrar, bater, colocar apelidos ofensivos, fazer gestos ameaçadores, humilhar, rejeitar e até mesmo ameaçar sexualmente.
Veja orientações sobre como agir no caso de seu filho ser vítima de bullying, retiradas do capítulo específico do livro “Crianças e Adolescentes Seguros”, da Sociedade Brasileira de Pediatria, editado pela Publifolha.
- se suspeitar que seu filho está sofrendo bullying, pergunte diretamente a ele
- fique atento aos possíveis sinais e sintomas
- faça um registro diário dos incidentes
- afirme com confiança, quantas vezes for necessário, que você ama a criança e que ela não é culpada por sofrer bullying
- não concorde com o pedido de manter o bullying em segredo
- converse com a direção ou professor se o bullying estiver acontecendo na escola
- ajude seu filho a praticar estratégias de defesa, como gritar “não” e retirar-se do local com confiança
- dê a seu filho a chance de expressar seus sentimentos sobre o problema
- reúna-se co outros pais e discutam o que pode ser feito para cessar o bullying
- crie condições para encontrar-se com o filho, no caso de o bullying ocorra a caminho da escola
- peça para que o(s) autor(es) seja(m) retido(s) na escola, para que seu filho tenha a chance de chegar em casa em segurança
- pergunte a seu filho se ele gostaria de ter aulas de defesa pessoal, caso você entenda que isso possa ajudá-lo em sua autoconfiança
- verifique se seu filho está tendo atitudes que provoquem a ira do autor
- incentive seu filho a convidar um colega para ir a sua casa, criando novas amizades
- se precisar de ajuda, entre em contato com profissionais ou instituições especializadas

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Violência entre as crianças




Bullying: o que é e como identificar
Vítima, agressor e aquele que observa. Quando se fala em bullying, todo mundo está envolvido de alguma maneira. E é mais comum do que se imagina

Como é o convívio da sua família em casa? Há muito que se sabe o quanto o comportamento dos filhos é um reflexo da maneira como os pais se relacionam com eles no dia-a-dia. Um estudo apresentado no encontro anual da American Sociological Association, nos Estados Unidos, que aconteceu neste mês, mostrou que aquela criança que se mostra valente, que persegue colegas e humilha os mais fracos - o chamado bully (agressor) - reproduz com os outros o comportamento dos pais. Esses atos são a violência, física ou psíquica - o bullying.

Roubar o lanche na escola, brincar de "corredor polonês", colocar apelidos cruéis, fazer gozações e ameaças são alguns dos comportamentos do bully. "Todo mundo tem uma história de bullying para contar", diz o pediatra Aramis Lopes, coordenador da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia). Se não no papel de vítima ou de agressor, ao menos como espectador.

O agressor é popular, lidera o grupo. Muitas vezes, são os atletas da escola, admirados e copiados. Os agressores podem vir a bater na mulher ou nos filhos, ou a perseguir colegas de trabalho - o que também é bullying, porque o fenômeno não ocorre só na escola. Pode acontecer no clube, na rua, ou mesmo dentro da família, entre irmãos. Se seu filho é um agressor, mostre que o ama, mas que desaprova seu comportamento.

As vítimas do bullying são normalmente tímidas, fracas e frágeis. São incapazes de se defender, de reagir. Geralmente são discriminadas por ter alguma diferença, como ser negras, deficientes físicas, altas, baixinhas ou gordinhas, ou mesmo ter sotaques diferentes, tirar boas notas e ir mal nos esportes. Algumas se tornam vítimas-agressoras: agredindo outras crianças, descontam e transferem os maus-tratos sofridos. Outras são as chamadas vítimas provocadoras, que provocam o agressor mas não conseguem se defender quando ele vem tirar satisfação.

Por outro lado, algumas crianças não fazem nada quando percebem que o colega está sendo perseguido porque têm medo de tomar partido e se tornar vítimas também. E podem acabar se aliando à violência.

Quando perceber o bullying

Aos 3 anos já dá para identificar reações de bullying. Tapas e mordidas freqüentes, sempre na mesma vítima, são algumas características. À medida que as crianças crescem, o abuso se torna mais psicológico. Nas meninas, o mais comum é fazer fofocas, ficar "de mal", excluir.



Nem tudo é bullying: como identificar

Naquele dia em que seu filho voltou com um arranhão para casa, depois de brigar com um coleguinha, ele tinha sofrido bullying? Calma. Não é bem assim. Existe uma maneira de brincar, entre as crianças, que é mais agressiva mesmo.

Os meninos que brincam de luta podem se arranhar. Às vezes, até chorar de dor ou susto. E isso é normal. O que vai assegurar que é uma brincadeira é a diversão das crianças. Nesses casos, não interfira: brincar de brigar é um exercício e ensina as crianças a resolver conflitos e a ter limites.

O bullying é diferente das brigas com causa, como a disputa por um brinquedo. Resolvido o conflito, as crianças voltam a brincar juntas. Para ser bullying, a agressão tem de ser intencional e repetitiva, ou seja: dia após dia, a criança passa por situações que causam dor ou sofrimento.

Observe ainda a idade das crianças: se existe diferença maior que dois anos é preciso intervir. Isso porque as brincadeiras devem ocorrer entre iguais: se há desequilíbrio de poder, é bullying. E, finalmente: se os sentimentos da vítima são de angústia, medo, terror e tristeza, é bullying. A criança que não se importa com apelidos e consegue se defender não sofre bullying.

Por algumas das agressões não serem físicas, os pais e a escola tendem a negligenciar, dizendo que é coisa da idade.

O que fazer

Se os pais descobrem que o filho é vítima de bullying, devem procurar imediatamente a escola para que se interrompa o procedimento. Importante é sempre demonstrar para a criança que ela é amada, e que a culpa não é dela. "É preciso fazer tudo para melhorar a auto-estima da vítima", diz Cleo. Afinal, além da queda do desempenho escolar, da depressão e da insegurança, as seqüelas podem durar toda a vida e causar transtornos psíquicos graves, que podem resultar em suicídio ou no desejo de vingança.

Se a escola não tomar providências, os pais devem recorrer ao Conselho Tutelar, para exigir que o colégio cumpra a obrigação de proteger a criança. O melhor é que a escola trabalhe com a prevenção. Afinal, quanto mais cedo se intervir, mais chances os envolvidos terão de se recuperar. O ideal é tratar, no dia-a-dia, valores como fraternidade, compaixão, respeito. Desde pequenos, os pais devem ensinar isso em casa. Se o seu filho é o agressor, mostre que o ama, e que desaprova seu comportamento.

Existe bullying quando...
- As agressões, físicas ou psíquicas, são repetitivas e intencionais, contra a mesma criança, por muito tempo;
- Não existem motivos concretos para as agressões;
- Há desequilíbrio de poder: o agressor é mais forte ou mais poderoso que a vítima;
- O sentimento que causa nas vítimas é de medo, angústia, opressão, humilhação ou terror;
- A diferença de idade entre as crianças é maior que dois anos. Mesmo que o menor seja mais forte.

E não existe quando...
- As agressões são casuais ou pontuais. As crianças logo estão brincando juntas de novo;
- As brigas são causadas por motivos como a disputa de um brinquedo;
-l A brincadeira, mesmo que mais agressiva, é entre iguais;
- Os papéis se alternam: a criança que hoje é a vítima na brincadeira, na semana seguinte pode ser o agressor;
- O sentimento na brincadeira é de alegria. A criança gosta dos apelidos e se diverte nas brincadeiras.

Bullying não envolve apenas a criança que agride ou é agredida. Quem apenas observa também está de alguma maneira fazendo parte da situação. E não há aquele que não esteve em um dos três lados alguma vez na vida. Tudo nasce a partir de um preconceito e, segundo pesquisa recente, ninguém está livre de senti-lo.

O estudo realizado pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP (FEA) com estudantes do ensino fundamental e médio, pais, professores, diretores e profissionais de educação revelou que 99% deles tinha algum tipo de preconceito.
A pesquisa, com 18.599 entrevistados de 501 escolas públicas do país, foi realizada a pedido do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)e mostrou que a discriminação é maior quando se trata de negros (19%).

O bullying nada mais é que resultado de preconceito e discriminação. E se esse comportamento aparece tão forte num grupo que não inclui apenas crianças, fica evidente que tudo começa fora do ambiente escolar. “Preconceito e discriminação são um traço cultural do que a criança tem em casa e, quando vai para a escola, leva isso com ela”, diz José Afonso Mazzon, professor da FEA e responsável pela pesquisa.

E como transformar esse tipo de comportamento? Para Mazzon, mudar valores pode levar gerações para acontecer. Por isso, é tão importante que os pais atentem à maneira como eles mesmos lidam com o outro. É o velho exemplo de que não adianta ter um discurso contra o preconceito para a criança e tratar mal a empregada ou o porteiro da escola. Ouvir o que a criança tem a dizer e acompanhar o dia a dia dela na escola é o primeiro passo para evitar que ela se envolva de alguma forma com o bullying. “É fundamental a criança conviver com a diversidade. Nas escolas, por exemplo, seria importante que os grupos de trabalhos não fossem fixos, e que existissem ações que unissem a escola e a família com o problema”, diz Mazzon.

Isso não quer dizer que você deva criar situações para que o seu filho esteja com uma criança do outro sexo, raça, religião. Sabe aquele dia que seu filho chegou da escola contando da risada que ele e os amigos deram do colega gordinho que caiu na aula de educação física? É exatamente nesse momento que você deve intervir para que essa atitude não se repita mais.


Bullying: é preciso levar a sério ao primeiro sinal


Esse tipo de violência tem sido cada vez mais noticiado e precisa de educadores atentos para evitarem consequências desastrosas.
, de João Pessoa (PB)

Entre os tantos desafios da escola – está posto mais um. O bullying escolar – termo sem tradução exata para o português – tem sido cada vez mais reportado. É um tipo de agressão que pode ser física ou psicológica, ocorre repetidamente e intencionalmente e ridiculariza, humilha e intimida suas vítimas. “Ninguém sabe como agir”, sentencia a promotora Soraya Escorel, que compõe a comissão organizadora do I Seminário Paraibano sobre Bullying Escolar, que reuniu educadores, profissionais da Justiça e representantes de governos nos dias 28 e 29 de março, em João Pessoa, na Paraíba. “As escolas geralmente se omitem. Os pais não sabem lidar corretamente. As vítimas e as testemunhas se calam. O grande desafio é convocar todos para trabalhar no incentivo a uma cultura de paz e respeito às diferenças individuais”, complementa.


A partir dos casos graves, o assunto começou a ganhar espaço em estudos desenvolvidos por pedagogos e psicólogos que lidam com Educação. Para Lélio Braga Calhau, promotor de Justiça de Minas Gerais, a imprensa também ajudou a dar visibilidade à importância de se combater o bullying e, por conseqüência, a criminalidade. “Não se tratam aqui de pequenas brincadeiras próprias da infância, mas de casos de violência, em muitos casos de forma velada. Essas agressões morais ou até físicas podem causar danos psicológicos para a criança e o adolescente facilitando posteriormente a entrada dos mesmos no mundo do crime”, avalia o especialista no assunto. Ele concorda que o bullying estimula a delinqüência e induz a outras formas de violência explícita.

Seminário - Organizado pela Promotoria de Justiça da Infância e da Adolescência da Paraíba, em parceria com os governos municipal e estadual e apoio do Colégio Motiva, o evento teve como objetivo, além de debater o assunto, orientar profissionais da Educação e do Judiciário sobre como lidar com esse problema. A Promotoria de Justiça elaborou um requerimento para acrescentar os casos de bullying ao Disque 100, número nacional criado para denunciar crimes contra a criança e ao adolescente. O documento será enviado para o Ministério da Justiça e à Secretaria Especial de Direitos Humanos.

Durante o encontro também foi lançada uma publicação a ser distribuída para as escolas paraibanas, com o objetivo de evidenciar a importância de um trabalho educativo em todos os cenários em que o bullying possa estar presente – na escola, no ambiente de trabalho ou mesmo entre vizinhos. Nesse manual [quer fazer download? Clique aqui], são apresentados os sintomas mais comuns de vítima desse tipo de agressão, algumas pistas de como identificar os agressores, conselhos para pais e professores sobre como prevenir esse tipo de situação e mostram-se, ainda, quais as conseqüências para os envolvidos.

Em parceria com a Universidade Maurício de Nassau, a organização do evento registrou as palestras e as discussões – o material se transformará num vídeo-documentário educativo que será exibido nas escolas da Paraíba, da Bahia e de Pernambuco.


Bullying vai muito além da brincadeira sem graça

Esse termo não tem um correspondente em português. Em inglês refere-se à atitude de um bully (valentão). Objeto de estudo pela primeira vez na Noruega, o bullying é utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica contra alguém em desvantagem de poder, sem motivação aparente e que causa dor e humilhação a quem sofre. “É uma das formas de violência que mais cresce no mundo”, afirma Cléo Fante, pedagoga pioneira no estudo do tema no país e autora de Bullying Escolar (Artmed). Segundo ela, o bullying pode acontecer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, entre vizinhos e em locais de trabalho. “Identificamos casos de bullying em escolas das redes pública e privada, rurais e urbanas e até mesmo com crianças de 3 e 4 anos, ainda no Ensino Infantil”, comenta.

Para o presidente do Centro Multidisciplinar de Estudos e Orientação sobre o Buylling Escolar, José Augusto Pedra, o fenômeno é uma epidemia psico-social e pode ter conseqüencias graves. O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa. Crianças e adolescentes que sofrem humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podem ter queda do rendimento escolar, somatizar o sofrimento em doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da personalidade. “Se observa também uma mudança de comportamento. As vítimas ficam isoladas, se tornam agressivas e reclamam de alguma dor física justamente na hora de ir para escola”, detalha José Pedra.

Até as testemunhas sofrem ao conviver diariamente com o problema, mas tendem a omitir os fatos por medo ou insegurança. Geralmente, elas não denunciam e se acostumam com a prática – acabam encarando como natural dentro do ambiente escolar. “O espectador se fecha aos relacionamentos, se exclui porque ele acha que pode sofrer também no futuro. Se for pela internet, no cyberbullying, por exemplo, ela ‘apenas’ repassa a informação. Mas isso o torna um co-autor”, completa Cléo Fante.

O bullying, de fato, sempre existiu. O que ocorre é que, com a influência da televisão e da internet, os apelidos pejorativos foram tomando outras proporções. “O fato de ter conseqüências trágicas, como mortes e suicídios, e a falta de impunidade proporcionou a necessidade de se discutir de forma mais séria o tema”, aponta Guilherme Schelb, procurador da República e autor do livro “Violência e Criminalidade Infanto-Juvenil”.

Como identificar vítima e agressor

Depressão, baixo auto-estima, ansiedade, abandono dos estudos – essas são algumas das características mais usuais das vítimas. De certa forma, o bullying é uma prática de exclusão social cujos principais alvos costumam ser pessoas mais retraídas, inseguras. Essas características acabam fazendo com que elas não peçam ajuda e, em geral, elas se sentem desamparadas e encontram dificuldades de aceitação. “São presas fáceis, submissas e vulneráveis aos valentões da escola”, explica Cleo Fante, especialista no assunto.

Além dos traços psicológicos, as vítimas desse tipo de agressão apresentam particularidades, como problemas com obesidade, estatura, deficiência física. As agressões podem ainda abordar aspectos culturais, étnicos e religiosos. “Também pode acontecer com um novato ou com uma menina bonita, que acaba sendo perseguida pelas colegas”, exemplifica Guilherme Schelb.

Os agressores são geralmente os líderes da turma, os mais populares – aqueles que gostam de colocar apelidos nos mais frágeis. Assim como a vítima, ele também precisa de ajuda psicológica. "No futuro, este adulto pode ter um comportamento de assediador moral no trabalho e, pior, utilizar da violência e adotar atitudes delinqüentes ou criminosas", detalha LélioCalhau.

Como prevenir o problema na escola

Para evitar o bullying, as escolas devem investir em prevenção e estimular a discussão aberta com todos os atores da cena escolar, incluindo pais e alunos. Para os professores, que têm um papel importante na prevenção, alguns conselhos dos especialistas Cléo Fante e José Augusto Pedra, autores do livro Bullying Escolar (Artmed).

• Observe com atenção o comportamento dos alunos, dentro e fora de sala de aula, e perceba se há quedas bruscas individuais no rendimento escolar.
• Incentive a solidariedade, a generosidade e o respeito às diferenças através de conversas, trabalhos didáticos e até de campanhas de incentivo à paz e à tolerância.
• Desenvolva, desde já, dentro de sala de aula um ambiente favorável à comunicação entre alunos.
• Quando um estudante reclamar ou denunciar o bullying, procure imediatamente a direção da escola.
• Muitas vezes, a instituição trata de forma inadequada os casos relatados. A responsabilidade é, sim, da escola, mas a solução deve ser em conjunto com os pais dos alunos envolvidos.

Como a família pode ajudar

Os pais devem estar alertas para o problema – seja o filho vítima ou agressor pois ambos precisam de ajuda e apoio psicológico. Veja as dicas dos especialistas Cléo Fante e José Augusto Pedra, autores do livro Bullying Escolar (Artmed).

• Mostre-se sempre aberto a ouvir e a conversar com seus filhos.
• Fique atento às bruscas mudanças de comportamento.
• É importante que as crianças e os jovens se sintam confiantes e seguros de que podem trazer esse tipo de denúncia para o ambiente doméstico e que não serão pressionados, julgados ou criticados.
• Comente o que é o bullying e os oriente que esse tipo de situação não é normal. Ensine-os como identificar os casos e que devem procurar sua ajuda e dos professores nesse tipo de situação.
• Se precisar de ajuda, entre imediatamente em contato com a direção da escola e procure profissionais ou instituições especializadas.

Retirado de Nova Escola on-line http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/bullying-preciso-levar-serio-431385.shtml
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