ESCOLA CÔNEGO PEDRO...AQUI SOMOS TODOS IGUAIS!!

"DEIXO RENASCER EM CADA AULA A CRIANÇA QUE BRINCA COMIGO,PARA FAZER BRINCAR TANTAS OUTRAS CRIANÇAS..."RAUL FERREIRA NETO(RECREAÇÃO NA ESCOLA)

sábado, 17 de novembro de 2012

ATIVIDADE DE CONSTRUÇÃO COM CUISENAIRE






ATIVIDADE REALIZADA DENTRO DO TEMA ANIMAIS, A PARTIR DA ESTÓRIA "A GIRAFA SEM SONO"

QUE GRACINHAS!!

MUITA CRIATIVIDADE!!

ART'IN VENTO/2012



TRILHA ECOLÓGICA NA ESCOLA RURAL

RECEPÇÃO PELA PROFESSORA JOANA,RESPONSÁVEL PELO CURSO TÉCNICO DO MEIO AMBIENTE


INICIANDO A TRILHA...

TODOS ATENTOS E PARTICIPATIVOS..


MUITOS CONHECIMENTOS...

OS ESTUDOS SOBRE MEIO AMBIENTE...

VISTOS DE PERTINHO...

GRUTA DA SANTINHA...

LINDO PORQUINHO..


ESSA SOU EU!!!

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

COMPREENDA OS NÍVEIS DE ALFABETIZAÇÃO

 

Este texto é parte do resumo do livro Reflexões sobre Alfabetização de Emília Ferreiro publicado no site Professor Seletivo. Selecionei alguns pontos sobre períodos de Alfabetização.
Boa leitura.

Compreenda os Níveis de Alfabetização

Para executar suas ideias (em seus escritos) a criança:
a) faz distinção entre a modo de representação icônico (figura­tivo) e não icônico (não-figu­rativo).
b) constrói formas de diferenciação; faz diferenciação intrafigural que consistem no estabelecimento de propriedades que um texto deve possuir para poder ser interpretável. Os critérios intrafigurais se expressam sobre o eixo quantitativo (mínimo de três letras) e sobre o eixo qualitativo (variação de caracteres); faz a di­ferenciação interfigurais que é a criação de modos sistemáticos de diferenciação entre uma es­crita e a seguinte, para garantir a diferença de interpretação que será atribuída,
c) desvela a fonetização da escri­ta (descobre a relação som / grafia), começa com o perío­do silábico e culmina no perío­do alfabético.
Ferreiro, analisando a evolução da escrita infantil reconhece quatro pe­ríodos, que denomina como: perío­do pré-silábico, período silábico, período silábico-alfabético e perío­do alfabético.


a) Período Pré-Silábico

As crianças escrevem sem estabelecer qualquer correspondência entre a pauta sonora da palavra e a representação escrita. Escreve coisas diferentes apesar da identidade objetiva das escritas e relaciona a escri­ta com o objetivo referente (Ex. colo­ca mais letras na palavra "elefante' do que na palavra borboleta - Realis­mo Nominal).Exemplos de escrita pré-silábica:

ILUSTRAÇÃO l a.
Escrita sem diferenciações interfigurais (Adriana - 4,5 anos).


1. O que você desenhou? Um boneco.
2. Ponha o nome. (Rabisco.) (a)
3. O que você colocou? Ale (-seu irmão).
4. Desenhe uma casinha. (Desenha)
5. O que é isso? uma casinha.
6. Ponha o nome. (Rabisco) (b).
7. O que você escreveu? Casinha
8. Você sabe colocar o seu nome? (Quatro rabiscos separados) (c).
9. O que é isso? Adriana.
10. Onde diz Adriana? (Assinala globalmente)
11. Por que tem quatro
pedacinhos?... porque sim.
12. O que diz aqui? (1°) Adriana.
13.E aqui (2°) Alberto (- seu pai).
14.E aqui? (3°). Ale (-seu irmão).
15.E aqui? (4°) Tia Picha.



  1. peixe; (2) o gato bebe leite; (3) galinha; (4) franguinho; (5) pato; (6) patos

l LUSTRAÇÃO 2
Escrita com diferenciação interfigurais (Carmelo 6,2 anos).










(1) Carmelo Enrique Castilho Avellano (uma letra para cada nome).
(2) vaca.
(3) mosca
(4) borboleta
(5) cavalo
(6) mamãe como tacos (comida típica mexicana)


b) Período Silábico

A escrita silábica é o resultado de um dos esquemas mais importantes e complexos que se constroem du­rante o desenvolvimento da leitura escrita. É quando se dá a descober­ta de que as representações escritas têm um vínculo com a pauta sonora da palavra: uma letra para cada sí­laba; tantas letras quantas sílabas. No mesmo período - embora não necessariamente ao mesmo tempo - as letras podem começar a adquirir valores sonoros silábicos relativamen­te estáveis as partes sonoras seme­lhantes entre as palavras.
ILUSTRAÇÃO 3a.
Escrita silábica (letras de forma convencional, mas utilizadas sem seu valor sonoro convencional) cada letra vale por uma sílaba (Jorge, 6 anos).




(1) ga - to (gato)
(2) ma-ri-po-sa (borboleta)
(3) ca-ba-Ilo (cavalo)
(4) pez (peixe)
(5) mar (mar)
(6) el-ga-to-be-be-le-che
'(o gato bebe leite)
(As palavras foram mantidas no original espanhol para que o processo aqui ilustrado faça sentido).


ILUSTRAÇÃO 3b.
Escrita silábica (vagais com valor sonoro convencional): cada letra vale por uma sílaba (Francisco, 6 anos).
1. FRAN-CIS-CO (Francisco)
2. MA-RI-PO-SA (borboleta)
3. PALOMA (pomba)
4. PA-JA-RO (pássaro)
5. GA-TO (gato)
6. PA- TO (pato)
7. PEZ (peixe)
8. PEZ (2ª tentativa) (peixe – 2ª tentativa )


C) Período Silábico-Alfabético


O período silábico-alfabético marca a transição entre os esquemas pré­vios em via de serem abandonados e os esquemas futuros em vias de se­rem construídos. Os conflitos prove­nientes do meio social desestabilizam a hipótese silábica e a criança tem coragem de se comprometer em um novo processo de construção.

ILUSTRAÇÃO 4
Escrito silábico-alfabética (Júlio César, 6 anos)


(1) gato (gato)
(2) mariposa (borboleta)
(3) cabaIlo (cavalo)
(4) pez (peixe)
(5) mar (mar)
(6) el gato bebe leche (o gato bebe leite)

(As palavras foram mantidas no original espanhol para que o processo aqui ilustrado faça sentido).

c) Período Alfabético


Consiste no período que a criança descobre que a sílaba não pode ser considerada como unidade, mas que ela é por sua vez, reanalisável em elementos menores.
Neste momento, deve haver uma estruturação dos vários elementos que compõem o sistema de escrita. Trata-se de conhecer o valor sonoro convencional.
a) pelo lado quantitativo não pode estabelecer regularidade dupli­cando a quantidade de letras por sílaba (já que há sílabas com 1,2,3, ou mais letras).
b) pelo lado qualitativo, problemas ortográficos (a identidade de som não garante identidade de letras nem a identidade de le­tras a de sons).

 

PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA



Psicogênese da Língua Escrita 

Compreenda os Níveis de Alfabetização
ESCRITAS PRÉ-SILÁBICAS:

ESCREVER NÃO É A MESMA COISA QUE DESENHAR

A primeira diferenciação que estabelecerão refere-se à distinção entre os desenhos, por um lado, e outros signos, como letras, números, grafias diversas etc.

GRAFISMOS PRIMITIVOS: RABISCOS, PSEUDOLETRAS

As primeiras tentativas infantis ao escrever produzem alguns signos que já não
são desenhos, mas tampouco letras convencionais. São grafias que tentam se parecer
com as letras, com maior ou menor sucesso.

DIFERENÇAS ENTRE LETRAS E NÚMEROS

A criança logo notará que existem dois tipos de signos gráficos, além dos
desenhos: letras e números. No começo, usam-nos indistintamente.

ESCRITA SEM CONTROLE DE QUANTIDADE

Uma vez que as crianças já sabem que para escrever se usam signos especiais,
propõem-se o problema de como podem escrever diferentes coisas. Em algumas
crianças -não em todas-, aparece um momento evolutivo em que as escritas ocupam
toda a largura da página

ESCRITAS FIXAS

Nestas primeiras tentativas de escrita, pode ser que a criança ainda não tenha
percebido a diferenciação que nós adultos, fazemos entre as palavras: escrevem o
mesmo conjunto de signos para qualquer coisa.

ESCRITAS DIFERENCIADAS

As escritas das crianças adquirem rapidamente novas diferenciações: as crianças
escrevem palavras longas e curtas, letras grandes e pequenas, variando segundo critérios
estabelecidos.

DIFERENCIAÇÃO NA QUANTIDADE, NA ORDEM OU NA VARIEDADE DE
LETRAS

Introduzem mudanças ao escrever diferentes palavras, mediante a variação do
repertório de letras utilizadas ou introduzindo mudanças e diferenciações quanto à
ordem ou quantidade das letras em cada palavra.

ESCRITAS SILÁBICAS

Cada letra representa um som. Como a unidade de som que se percebe é a sílaba,
cada sílaba pode ser representada por um algum símbolo ou por letras correspondentes
(vogal ou consoante).
0000 bor-bo-le-ta
000 ca-va-lo Quantitativo (sem valor sonoro)
00 ti-gre

OOEA bor-bo-le-ta Qualitativo (com valor sonoro)
AAO ca-va-lo
IE ti-gre

ESCRITAS SILÁBICO-ALFABÉTICAS

Quando a criança descobre que uma sílaba pode ser escrita com vogal e/ou com
consoante, acaba-se por escrever ambas. Por um período de tempo ela combina na
escrita o critério silábico com escritas alfabéticas. Assim, na escrita da criança aparece a
forma silábica e alfabética numa mesma palavra.
EX: CAAO (cavalo), BOOLEA (borboleta)

Representa algumas palavras com omissões de letras

A criança escreve a palavra combinando o critério silábico com escritas alfabéticas,
embora omita letras no interior das sílabas.

Representa algumas palavras acrescentando letras

A criança escreve a palavra combinando o critério silábico com escritas alfabéticas,
embora acrescente letras no interior das sílabas.

Representa a escrita ora silabicamente, ora alfabeticamente

Na escrita da criança aparece a forma silábica e alfabética numa mesma palavra.

ESCRITAS ALFABÉTICAS

A criança ao atingir o nível alfabético, escreve com marcas na oralidade. Dessa
forma, escreve exatamente do jeito que fala. Como nos exemplos a seguir: VAZU
(vaso), TAQUICI (táxi), PASTEU (pastel). As omissões, trocas e inversões de letras
também são bem comuns nesse estágio.
À medida que vão interagindo com a linguagem escrita, vão percebendo que a
escrita não é uma representação fiel da fala e aparecem novos problemas de escrita. S/Z,
J/G, H, O e E final de palavra, a separação das palavras etc.

Escreve alfabeticamente com omissões de letras nas sílabas. Ex: CATO (CANTO),
TIGE (TIGRE), BASIU (BRASIL)...

Escreve alfabeticamente com trocas de letras de sons semelhantes. Ex: DADU (TATU),
XANELA (JANELA), ESCELETE (EXCELENTE)...

Escreve alfabeticamente com acréscimos de letras nas sílabas. MARCACO
(MACACO)...

Escreve alfabeticamente, mas troca a posição de algumas letras nas sílabas.
Ex: SECOLA (ESCOLA), CARVO (CRAVO)...

Escreve alfabeticamente a frase sem segmentação (separação) entre as palavras. Ou
seja, não escreve deixando os espaços em branco entre as palavras.
Ex: LUIZABUTOUMAMAUNASALADA

Escreve todas as palavras ortograficamente
Ex: A menina gosta de mel com limão.

Fonte: Maruny Curto, Lluís. Escrever e ler: como as crianças aprendem e como o
professor pode ensiná-las a ler e a escrever. Porto Alegre: Artmed Editora, 2000

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